ROTEIRO DE ESTUDO PARA A PROVA DO 2 ANO
■ Descrever a Revolução Haitiana e suas
particularidades
■ Explicar a abolição da escravidão no Haiti
■ Explicar a invasão napoleônica do Haiti e suas
consequências
■ Compreender o conceito de haitização
■ Descrever a sociedade da América colonial espanhola
em meados século XVIII
■ Explicar as Reformas Boubônicas
■ Descrever a Revolta de Tupac Amaru e suas
consequências
■ Explicar o impacto das Guerras napoleônicas na
América espanhola
■ Reconhecer a Revolta de Hidalgo e Morelos
TEXTO COMPLEMENTAR PARA A PROVA
As Revoluções Hispano-Americanas (1810-1825)
As Revoluções Hispano-Americanas foram
movimentos liberais e nacionalistas, liderados pelos criollos, com o objetivo
inicial de obter mais autonomia para as colônias espanholas, recuperando e
ampliando o espaço político que as elites coloniais possuíam antes das Reformas
Bourbônicas. Diante da resistência da Espanha em fazer concessões, o movimento
evoluiu para uma luta separatista, visando a independência das colônias. As
Revoluções Hispano-Americanas assumiram feições de guerra civil, e não opuseram
apenas criollos contra os peninsulares, mas também criollos liberais contra
criollos conservadores, com os primeiros defendendo não só a independência, mas
também a abolição dos privilégios do clero e dos militares (eliminação dos
foros ou tribunais especiais), enquanto os segundos insistiam em mantê-los. Em alguns
casos, como no México, o movimento possuiu um aspecto mais radical,
caracterizando-se pela insurreição camponesa indígena contra as elites e pela
guerra racial entre índios e brancos (Revolta de Hidalgo e Morelos em 1810-1814,
fracassada). Mas em todas as colônias, o poder foi assumido e mantido pelos criollos,
liderados por chefes políticos e militares conhecidos como caudilhos. As Revoluções
Hispano-Americanas foram causadas pela crise do Antigo Sistema Colonial,
combinadas com a insatisfação geradas pelas Reformas Bourbônicas e com o impacto da Revolução Americana
(1775-1783) e da Revolução Francesa (1789-1799), que expandiu as críticas iluministas e liberais ao colonialismo e
ao Antigo Regime, enfraquecendo suas estruturas tradicionais de poder. Todos
esses elementos geraram um potencial de revoltas contra a Espanha, mas o fator
mais importante para desencadear as revoluções e destruir a autoridade
espanhola no Novo Mundo foram as Guerras
Napoleônicas (invasão francesa da Espanha em 1808), que deixaram a metrópole e
suas colônias mergulhadas no caos, dificultando a repressão aos movimentos de
independência.
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